Cerca de 30 médicos residentes e do corpo clínico do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) participaram, na quinta-feira, dia 18, de um treinamento sobre a Monkeypox. O objetivo foi atualizar os profissionais sobre epidemiologia, manejo e fluxogramas da instituição relacionados à doença.

Segundo a médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção (SCI) do centro hospitalar, Dra Betânia Bernardo, a doença tem um histórico de pequenos surtos em países da África, mas agora tem sido registrada por aqui e com características específicas. “Anteriormente, via-se o aparecimento de lesões na pele que começavam no rosto e desciam para o resto do tronco, mas agora elas estão surgindo na região das genitais, entre outros sintomas que precisam de atenção”, pontuou.

Para a Dra Betânia, são essas características e o manejo de um paciente com suspeita e exame positivo para a doença, as principais dúvidas dos médicos que participaram do treinamento. “Precisamos ter nossa equipe preparada para prestar o atendimento necessário ao paciente”, destacou.

Prevenção
A Monkeypox é uma doença viral, cuja transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com lesões de pele de pessoas infectadas, secreções respiratórias ou compartilhamento de objetos de uso pessoal como roupas, roupas de cama e toalhas. O principal sintoma é aparecimento de lesões parecidas com espinha e bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca e em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais e ânus.

Outros sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.

O período de transmissão vai desde o início dos sintomas até a cicatrização completa das erupções, com um alerta para mulheres grávidas, que podem transmitir o vírus para o feto por meio da placenta. Gestantes, menores de 8 anos de idade e imunossuprimidos pertencem ao grupo de risco da doença.

A melhor forma de prevenção é a higienização das mãos e o uso de máscara. O atendimento médico deve ser procurado no início dos sintomas e o isolamento é essencial até que as erupções estejam totalmente resolvidas.