Mobilização foi feita por colaboradores(as) da Binacional e de suas fundações; parte das doações veio dos fãs que assistiram ao show beneficente do cantor Jão.
Mais de 11,5 mil unidades de donativos, entre agasalhos, alimentos não perecíveis, itens de higiene pessoal, água potável e materiais de limpeza, arrecadados na Super Campanha Solidária 2024 e no show do Jão, partiram na manhã desta quarta-feira (22), num caminhão da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, no Paraná, para as famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
A previsão é que a ajuda humanitária chegue nesta quinta-feira (23), nas primeiras horas da manhã, nos pontos de distribuição. As doações serão repassadas para o Centro de Distribuição do Governo Federal, em conformidade com as diretrizes da nova Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.
A arrecadação é resultado da maciça adesão dos(as) colaboradores(as) da empresa à Super Campanha Solidária 2024. Normalmente, o Programa Força Voluntária faz nesta época do ano a Campanha do Agasalho. Diante da demanda emergencial do povo gaúcho, a coordenação do programa mudou o foco e uniu na mesma missão os esforços da Binacional e de suas fundações (Parque Tecnológico de Itaipu-PTI, Fundação Itaipu Brasil de Previdência e Assistência Social-Fibra e Hospital Ministro Costa Cavalcanti), mais o apelo do show solidário do cantor e compositor Jão, no Gramadão da Vila A, neste domingo (19).
O chefe da Responsabilidade Social da Itaipu, Eduardo Scirea, agradeceu a grande mobilização do público interno e parceiros. “Quero enaltecer o espírito solidário dos(as) empregados da Itaipu e suas fundações. A empatia de se colocar no lugar da situação da outra pessoa é um ato sublime do ser humano”, enfatiza.
Decisão rápida
Para Jéssica Maris, coordenadora do Programa Força Voluntária, a Super Campanha reforça os princípios da Itaipu e da atuação da empresa em causas sociais. “Por causa da demanda urgente, tivemos que tomar uma decisão muita rápida”, comentou.
Ela contou que a coordenação do Força Voluntária, junto com algumas áreas da Itaipu, como Serviços Gerais e Comunicação Social, conseguiu otimizar que as doações não demorassem até final de junho para chegar, como ocorreria na Campanha do Agasalho convencional. “Nosso pessoal, com os nossos pontos focais internos, fez um trabalho incrível. Conseguimos encher um caminhão num tempo hábil de contagem e triagem, porque a gente contou com o apoio dos integrantes do Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIITs). Para a contagem e triagem junto com a equipe da coordenação do Força, trabalharam 12 PIITs”, explica.
Em contato com os órgãos responsáveis pela distribuição dos donativos em território gaúcho, a sugestão foi arrumar um transporte próprio. Para Newton Ricardo de Almeida, assessor especial do diretor-geral brasileiro, “neste momento de dor e aflição que estão passando nossos amigos gaúchos, a Itaipu vem aqui se solidarizar, com essa doação de alimentos, de roupas e água potável. Também colocamos à disposição um caminhão da empresa e funcionários para que levem as doações, ajudando na logística mais rápida para chegar ao atendimento ao povo gaúcho”.
Almeida lembra que, além desta grande ação dos(as) colaboradores(as) de Itaipu e de suas fundações e do show solidário, a empresa disponibilizou também uma equipe de bombeiros, brasileiros e paraguaios, que estiveram no Rio Grande do Sul no pior momento da tragédia para socorrer as vítimas das enchentes. “Então, já fizemos ações dos bombeiros, de ajuda humanitária e agora também a contribuição das doações”, reforça.
Logística
O gerente de Departamento de Serviços Gerais, Welton Leandro Valdir, conta como foi a logística da ação. “O nosso trabalho foi organizar o transporte e os motoristas para levar o caminhão, verificar o que estava sendo disponível, estudar o melhor itinerário para chegar até lá. A viagem prevista é de 700 quilômetros. A equipe também adesivou o caminhão com a logomarca do programa Itaipu Mais Que Energia, que mostra que a missão da empresa foi ampliada e vai além de gerar energia elétrica de forma sustentável. É também cuidar de pessoas.”
Dois motoristas da Divisão de Transportes vão se intercalar na estrada para levar os donativos: José Elias de Sousa e Ricardo Rocha Gomes. Gomes tem familiares nas cidades de Canoas e Esteio. “Eu me sinto honrado de poder, com a empresa, dar essa contribuição. Vai ser muita emoção até lá. Graças a Deus, os meus parentes estão bem. A minha família está bem solidária à tragédia, ajudando quem precisa. Mas ainda é preciso ajudar muito mais.”
Participação das fundações
Para o representante do Hospital Ministro Cavalcanti nessa ação, Eduardo Diniz, a união das fundações com a Itaipu foi muito importante para o hospital como um todo. “Nós somos pouco mais de 1.200 colaboradores e colaboradoras. Então, envolver toda a equipe além dos médicos e pacientes que ajudaram, toda a população nessa iniciativa faz parte do nosso compromisso social.”
Segundo Eliane Silva, representante da Fibra, foi muito proveitosa a união das entidades. “Nossos funcionários ficaram muito felizes com o convite da Itaipu. Nós já estávamos participando de uma campanha com as entidades de previdência. Quando veio o convite da Itaipu, nos sentimos lisonjeados”, fala. E completa: “Somos 34 pessoas, todas muito comprometidas”.
Segundo a gerente de gestão de pessoas do PTI, Maryana Stella Gongoleski Gavioli, está na missão do Parque promover o bem-estar social. Os colaboradores e colaboradoras, segundo ela, se engajaram bastante. “Eu acho que é uma forma de contribuir com a sociedade, para amenizar essa tragédia que aconteceu. E a gente se solidarizar é muito importante. Estamos gratos de participar dessa ajuda.”
Texto e fotos: Itaipu Binacional.