Desde a sua implantação no Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), há sete meses, a NoHarm, plataforma com inteligência artificial que sistematiza a atuação da farmácia clínica nos hospitais e permite detectar duplicidades e interações medicamentosas, já impactou em mais de 1 mil vidas, ampliando o nível de segurança e a qualidade assistencial no complexo hospitalar iguaçuense.

 O software trabalha com 3 “scores de risco”: paciente crítico, sem risco e não crítico. De acordo com a classificação, há um tempo de prescrição específico a ser cumprido pela equipe. Além disso, com base nas análises, os profissionais receberão indicação de qual o melhor medicamento, de acordo com a evolução do paciente.

Para o farmacêutico e gerente da Unidade, Bruno de Souza, “o grande ganho da NoHarm é o aumento exponencial das avaliações na farmácia clínica, que representa uma ampliação significativa da segurança dos pacientes.

O ganho está no fato de que precisaríamos de um aumento muito expressivo no número de profissionais para obter os mesmos resultados, o que seria inviável para a instituição”, disse.

“É claro que o impacto no processo assistencial é o ponto central na análise de todas as tecnologias que são aportadas no HMCC”, pontuou a diretora assistencial, Patrícia dos Reis, “mas, neste caso, também avaliamos um importante fator econômico, um custo evitado que nos permite outros investimentos em melhorias de outros processos ampliando cada vez mais a segurança do paciente dentro da instituição”.

 No HMCC – O NoHarm.ai vem acompanhando a evolução de pacientes, entendendo o estado clínico e emitindo relatórios com indicadores de risco de evolução, alerta de exames alterados, prescrições fora do padrão, relações medicamentosas, entre outras funções. “Os algoritmos desenvolvidos pelo sistema estão aperfeiçoando o monitoramento das avaliações clínicas, reduzindo o tempo necessário para cada análise e otimizando os processos da equipe multiprofissional. Com isso, os farmacêuticos poderão dedicar mais tempo ao acompanhamento presencial dos pacientes, proporcionando um cuidado mais próximo e personalizado”, finalizou o gerente da Unidade.